Quero deixar claro que o post contém trechos que podem ofender algumas mulheres e render certas retaliações para mim. Mas entendam que o exemplo que dei foi baseado na minha conversa. A visão exposta aqui pode servir pra vocês mulheres!!!
Num bate-papo casual com uma amiga (casada e preocupada com minha solteirisse) no MSN, me deparei com o seguinte diálogo:
[Amiga]: Quiquinho, como você está?
[Kiko]: Oi [não vou divulgar o nome da pessoa]!!! Tudo bem, sim! E você?
[Amiga]: To bem!!! Conte-me, o coração como está?
[Kiko]: Muito bem, por sinal. Ta até me pedindo uma “coraçoa”! Heuhehuehue!!!
A conversa vai seguindo seu rumo e de repente ela me diz:
[Amiga]: Vocês homens complicam demais (...) Mas vocês ainda estão na vantagem...
[Kiko]: Como assim estamos em vantagem?
[Amiga]: A oferta pra vocês é muito maior. As coisas ficam mais fáceis.
[Kiko]: A oferta é grande, mas é que nem a “Quarta-feira Verde” do Extra. Na propaganda a fartura e a qualidade são supervalorizadas. Na hora H só a fartura permanece... a qualidade é difícil de ser encontrada.
A conversa termina com muita risada e comentários sobre o assunto.
O lance todo desta situação está no fato das pessoas sempre tentarem ajudar quem está sem namorada (o) a qualquer custo. Uma atitude louvável quando se avalia na esfera da amizade, mas algumas peculiaridades fazem esta atitude perder sua eficácia:
1- Geralmente, quem tenta arrumar alguém para “preencher” o espaço no coração de alguém já tem o seu preenchido. Nunca vi um solteiro se matando pra achar alguém pra o amigo ou amiga, a não ser que este seja um caso perdido. Com isso, o amigo que tenta promover perde o conhecimento da vida ímpar.
2- Essa pessoa não enxerga a pessoa indicada como alguém que aquela encararia, caso estivesse na condição de solteira. É um fato.
3- Por viverem as maravilhas da vida a dois nossos amigos perdem a noção do que promove a aproximação de duas pessoas: a identificação inicial, o coração acelerando, frio na barriga, a vontade de estar sempre perto. Enfim, os principais elementos catalisadores de um romance que, em tese, será eterno. Nós, chamados de amantes à moda antiga, somos taxados como complicados, exigentes demais, apáticos e algumas vezes de coisas piores.
Deixo aqui meu alerta aos pragmáticos. Não troquem a essência dos sentimentos, nem o prazer de senti-los pela simples necessidade de ter. Valorizem a etapa inicial de um romance. Ali é que são estabelecidas as bases do relacionamento.
Kiko Pereira