[...]tinha sido uma noite muito estranha, como todas as outras naquela semana. As horas passavam apinhadas de incertezas, sorrisos, proibições e concessões . Mas depois de muita palestra diplomática, lá estavam os dois. Os lábios dela - o inferior e o superior- discutiam entre eles sobre a melhor arrumação. Os lábios dele simplesmente formigavam, como se braços estendidos estivessem prestes a brotar deles. As bocas eram tão soberanas que no momento não existia mais palpitação, olhos e respiração, só o amor que eles acolhiam no espaço molecular do beijo [...]