Esses dias eu estava dentro de um ônibus e lembrei o momento em que tive que escolher em que faculdade eu iria estudar. Fiquei pensando o quanto essa escolha mudou a minha vida, e tentando imaginar como poderia ser o diferente. Pra mim é quase imensurável.
Na época talvez eu não tivesse tanta noção do quanto isso influenciaria em todas as outras áreas da minha vida, ainda assim foi muito difícil optar por uma, partindo do ponto de que ambas eram muito bem vistas por mim. Eu deveria então estabelecer novos critérios para que eu pudesse ponderar as vantagens e desvantagens. Foi incrível como tudo na época favorecia a minha atual faculdade, coisas mínimas como o atendimento na recepção.
Mas voltando ao trajeto no ônibus, eu fiquei pensando como seria a minha vida sem as pessoas que hoje fazem parte dela e que conheci lá, é angustiante não saber como seria o diferente, mas ao mesmo tempo, mesmo sem saber o outro lado, tenho certeza da escolha certa. Certeza que só é possível porque antes de qualquer critério estabelecido por mim, eu pude colocar “minha” decisão nas mão de Quem sabe melhor do que ninguém o caminho em que devo seguir (Pv. 16.25). Eu sei que essa sim foi a maior e melhor escolha que já fiz.
Diante de toda essa reflexão, passei a semana pensando como seria se pudéssemos parar completamente o tempo em alguns momentos e analisar todas as escolhas que fizemos até aqui e as que estão em nossa frente só esperando a nossa ação.
Há todo momento somos convidados às escolhas e renuncias. Que possamos escolher com sabedoria... o fato que eu trouxe é aparentemente mais “sério” ou “importante” do que como por exemplo, escolher sair 10min. mais cedo ou mais tarde de algum lugar. No meu ponto de vista a diferença está apenas em que a primeira é visivelmente um fator de grande influência na vida, o que não quer dizer que os 10min. também não sejam.
Não deixe que a sensação de arrependimento permeie o teu coração, que a angustia da duvida se instale na sua vida.
A nossa vida diante das escolhas é como uma bola de neve, ainda que “rolemos” para o lado inverso, estaremos sempre acumulando mais neve.