Bem, todo brasileiro que assista Globo, ouça rádio FM e que não viva em estado vegetativo trancado num quarto hermético conhece composições como “Fita amarela”, “Com que roupa” e “Gago apaixonado”, mas atribui as músicas a outros compositores. Um dia, ouvindo algumas músicas de Chico Buarque, encontrei a canção “A Rita”, que fala em um trecho:
” Levou seu retrato, seu trapo, seu prato
Que papel! Uma imagem de são Francisco
E um bom disco de Noel”
Eu, como fã de Chico, me perguntei ” Quem foi esse Noel?”. Santa ignorância! Foi o maior, melhor, o mais genial sambista de todos os tempos. Em seus 27 anos de vida compôs mais de 300 sambas, e muitos deles continuam na boca do povo. Com rimas fáceis, músicas pequenas e de fácil memorização, Noel primava pelo bom-humor e pelo sarcasmo nas suas letras, sempre inspirado no cotidiano carioca. Galanteador nato, preferia conquistar as cabrochas pela sua inteligência, seu bandolim e suas letras, uma delas era dona de um Cabaré. Isso mostra a vida boemia de Noel. Com noites perdidas, bebedeiras e orgias, acabou com sua saúde, contraiu tuberculose e morreu jovem em 1937. Viveu tempo suficiente, porém, para se tornar um mito. Mas espera! Mito pra quem? Quem conhece esse cara? Quase ninguém. Mas quem conhece reconhece a grandeza desse magrelo estranho.
Aí vai uma música de Noel cantada por Chico. Saudações da Vila!
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