Na infância, Peter Parker se tornou órfão e foi morar com seus tios Ben e May Parker na cidade de Nova York. Cresceu e se tornou um cara tímido, desajeitado com as garotas, sem muitos amigos e um constante alvo de zoações, mas extremamente inteligente. Quase tudo muda na vida de Peter no dia em que, numa visitar escolar a um instituto científico, é picado por uma aranha radioativa. Aos poucos ele vai descobrindo seus novos poderes e fica entusiasmado pensando nas inúmeras maneiras de ganhar dinheiro com eles. Peter é enganado por um homem que em seguida é roubado, ele até poderia deter o bandido, mas, por vingança, o deixa escapar e ainda recebe um muito obrigado. Em sua fuga, o bandido mata um homem para roubar seu carro. Mata ninguém menos que Ben Parker, que esperava seu sobrinho à poucas quadras de distância da onde ele estava. Nesse dia, tudo muda na vida de Peter. Nesse dia nasce o Homem-aranha.
Sou fã desse herói desde criancinha, e é impressionante como seus filmes, desenhos e HQ’s sempre me levam a refletir sobre algo diferente de uma maneira diferente. Natural, pois é impossível ter eternamente a mesma opinião ou “ver com os mesmos olhos” as coisas ou as pessoas que nos cercam. Nossa compreensão sobre a vida, as coisas, as pessoas, etc. pode mudar quase que instantaneamente. A confiança, por exemplo, pode levar anos para ser estabelecida num relacionamento, mas poucas ou nenhuma palavra podem acabar com tudo que foi construído. Tudo mudou pra Peter quando tio Ben morreu. Ele teve sorte por ouvir um último conselho do seu tio quase morto, e esse conselho se torna um lema para o Homem-aranha: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. O poder consiste nos meios de que o homem dispõe para obter qualquer bem. Mas todo poder traz consigo uma carga de responsabilidade, e para Peter não foi diferente. Sabemos que o jovem nerd optou por abrir mão do conforto da conformidade para se tornar um grande herói. Grandes virtudes podem tornar alguém amado por muitos, e isso é poder porque se torna um meio de adquirir benefícios. Mas, além da fama existe a má fama. O aracnídeo luta contra super-vilões e robôs gigantes enquanto tem que conciliar sua vida “profissional” com seu trabalho, sua faculdade e seu conturbado relacionamento com Mary Jane. É aí que chego no ponto X da questão: ele não é só um herói, é também um vilão na opinião do seu chefe e redator do sensacionalista, maior e mais influente jornal da cidade. Por mais que alguém atribua a si um alto valor e esse valor seja verdadeiro, nunca será superior ao que lhe é atribuído pelos outros. E por mais que alguém possua um valor insignificante, pode de alguma forma fazer parecer que tem um valor maior do que verdadeiramente é, usar uma máscara. Nem sempre é possível ver além das máscaras, por isso atribuímos à uma pessoa o valor da sua máscara. Quem nós realmente conhecemos? Quem realmente somos? Quais são nossas máscaras? Peter tem valores que estão, ao mesmo tempo, por dentro e por fora da máscara do Spider Man. Ele assume as consequências por ser visto de maneira equivocada e mesmo assim faz o que é certo.
Vale mesmo a pena?
Jehiel Casaes
Ah! Esse aí é um excelente motivo para o Aranha tirar a máscara:http://www.youtube.com/watch?v=b_YN3oNXQKk
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