Bem, o meu tempo áureo de internet coincidiu com uma febre musical e comportamental insana e sem sentido, chamada Emocore. E eu, como pré-adolescente “não-alinhado” com essa babaquice, criticava duramente essa galera de cérebro pequeno e tempo de sobra. Mas que cabeça, a minha. Entrar em comunidades, criar fakes pra xingar esses caras, cuspir em cima de posters do Fresno, CPM 22. Foi-se o tempo.
Eles são bizarros, mas não há nada melhor do que ignorar a existência deles
Hoje eu olho para trás e lamento. Lamento porque eu era tão babaca quanto eles, porquanto me organizava pra combater um bando de idiotas – Pra você se achar designado a esse trabalho tem que ser um quadrúpede mesmo. Ainda olhando pro passado, vejo que ele se repete. A mesma magreza dos músicos, os mesmos cabelos feitos com a chapinha da irmã, só um pouquinho mais de cor, o que os tornam mais espalhafatosos e o mundo mais triste. O que não mudou também foi a cabeça dos fãs dessas aberrações. Continuam altamente massificados e bitolados. Mas quem perde tempo se aglutinando contra essa galera, entrando em comunidade, dizendo que “Se Restart é rock’n roll, Xuxa é heavy metal” e etc, é tão tonto quanto esse povo rosa choque, só que em sentido contrário.
Enfim, o que eu quero dizer nesse curto post é que a juventude de hoje precisa de alguma tábua ideológica pra se agarrar, se não for nas cores do Restart, é na falta de cores do “antirrestart” ou de qualquer outra coisa que é idealizada por uma pessoa e seguida por uma multidão sedenta por ocupação. Aí que entra o Wolverine da filosofia, Schopenhauer. Ele disse que pensar com a cabeça alheia é a maior demonstração de “menoridade mental”. Então, aí vai um conselho pra essa galera que se estapeia entre o Punk, o Indie e o Emo, pensem com suas próprias cabeças, criem suas próprias opiniões, tenho certeza que não vai sobrar tempo pra militar em causas tão medíocres.
1 comentários:
Isso não é emocore, é happy rock '-'
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